A
tomada de Souane (Pinheiro Novo) aos Mouros
Em
tempos que já lá vão, e depois de duas tentativas falhadas, o exército cristão
cercou a vila de Souane, recorrendo à proteção do apóstolo Santiago. Depois de
oito dias de preces, o milagre aconteceu. Com efeito, na manhã do nono dia, o cabo-de-guerra
mandou reunir todos os bois, vacas e cabras que havia nas aldeias vizinhas.
Reunidos os animais, mandou colocar-lhes nos chifres archotes. À noite, o
exército cristão, acompanhado pelos animais, encetou a marcha sobre a vila de
Souane. Quando já estavam próximos das muralhas, os cristãos acenderam os
archotes presos aos chifres dos animais, o que facilitou a entrada no povoado.
Os mouros foram apanhados desprevenidos e acordaram em alta gritaria. Muitos
morreram atravessados pelas lanças dos cristãos, mas outros tantos, se não
mais, morreram devido à fúria dos animais. Os mouros que escaparam, já
afastados de Souane, diziam:
“Adeus,
formosa vila de Souane! Nunca mais te veremos! Que a maldição caia sobre os
cristãos!”
E
assim ficaram os cristãos senhores da vila de Souane e das terras circundantes,
nunca mais sofrendo prejuízos causados pelos mouros.
Lenda pesquisada pelo
aluno Daniel Fernandes, n.º 5, 8.ºC.
Sem comentários:
Enviar um comentário